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Farc preparam libertação de cinco reféns, diz ex-senadora

postado em 26/01/2011 12:17
Brasília ; A ex-senadora colombiana Piedad Córdoba, uma das principais negociadoras civis com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), afirmou nesta quarta-feira (26/1) que em breve será libertado um grupo de reféns. Segundo ela, a data ainda não foi definida. Piedad anunciou a decisão depois de uma reunião com representantes da organização não governamental (ONG) Colombianas e Colombianos pela Paz e Parentes dos Reféns.

As informações são da imprensa oficial da Venezuela, a Agência Venezuelana de Notícias (AVN). As negociações envolvem a libertação de cinco reféns militares e civis. São eles o major da polícia Guillermo Solórzano, o cabo do Exército Salim Corporal Sanmiguel e o oficial da Marinha Henrique López Martínez, além dos presidentes dos conselhos municipais de San José del Guaviare, Marcos Vaquero e Garzón, e de Huila, Armando Acuña.

Na semana passada, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, Piedad e alguns parlamentares se reuniram para discutir o assunto. Segundo a ex-senadora, o tema vai ser debatido também por organizações não governamentais, de 21 a 23 de fevereiro, na Argentina.

Piedad afirmou que não há obstáculos para a libertação dos reféns. Segundo ela, houve um adiamento na liberação em decorrência da chuva intensa que atinge a região de Nova Granada, na Colômbia.

Em dezembro de 2010, as Farc anunciaram a libertação de cinco reféns como gesto de humanidade e resposta positiva às negociações em curso. Na ocasião, os guerrilheiros pediram para que Piedad fosse uma das articuladoras do processo. A ex-senadora teve o mandato cassado pela Procuradoria-Geral da Colômbia por suspeita de envolvimento com o grupo guerrilheiro.

Piedad participou, em 2008, da libertação de 15 reféns que estavam sob poder das Farc. No grupo estavam políticos, policiais e militares, inclusive a ex-candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Betancourt. A candidata ficou seis anos como refém do grupo guerrilheiro. Ela foi sequestrada enquanto fazia campanha na Colômbia. A história dela é relatada no livro Não há silêncio que não se acabe.

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