Agência France-Presse
postado em 30/01/2011 11:10
JERUSALÉM - Um defensor dos direitos da minoria árabe em Israel foi condenado neste domingo a nove anos de prisão por espionar para o grupo radical xiita Hezbollah, do Líbano, informou uma fonte judicial.O tribunal do distrito de Haifa (norte) condenou Amir Majul, que havia se declarado culpado de espionagem em troca da suspensão das acusações mais graves apresentadas pela promotoria, segundo um porta-voz da corte.
Em outubro, o tribunal o declarou culpado por espionagem, e anunciou que a pena seria anunciada posteriormente.
Segundo a ata de acusação, Majul se reuniu durante uma viagem à Jordânia com um militante do Hezbollah residente no país, com quem supostamente manteve contato até 2008, quando aceitou colaborar para o movimento contra Israel.
No mesmo ano, reuniu-se em Copenhagen com outro agente do Hezbollah, que teria instalado em seu laptop um programa para comunicação com o grupo.
Majul teria transmitido informações ao hezbollah sobre a localização de instalações dos serviços de segurança israelenses, de uma base do exército e de edifícios da indústria militar.
Amir Majul, de 52 anos, cujo irmão Isa foi deputado do parlamento israelense, dirige a ONG "Itijah", que reúne diversas associações de direitos humanos.