Agência France-Presse
postado em 30/01/2011 19:02
Washington - A chefe da diplomacia americana, Hillary Clinton, chegou neste domingo ao Haiti, onde se reunirá com o presidente em fim de mandato René Preval, em um momento em que o país atravessa uma crise política depois das questionadas eleições de 28 de novembro. No aeroporto de Porto Príncipe, a secretária de Estado afirmou: chego com uma "simples mensagem" de apoio dos Estados Unidos a este país."Queremos que continuem a reconstrução. Queremos que as vozes dos haitianos sejam escutadas e seus votos reconhecidos", afirmou, antes de se reunir com Edmond Mulet, representante da ONU no Haiti. Hillary viajou ao Haiti, onde deve reunir-se também com os três candidatos favoritos do primeiro turno, cujos resultados ainda não saíram.
Uma nota do Departamento de Estado americano informa que Hillary "conversará com membros da sociedade civil, atores políticos, o presidente do Haiti e os aliados internacionais sobre a situação eleitoral em curso e os esforços de reconstrução". Washington tem pressionado Préval para que aceite uma reavaliação dos resultados, o que seria desfavorável ao candidato que apoia, Jude Celestin.
A chefe da diplomacia americana também comemorou neste domingo a notícia de que a epidemia de cólera que causou a morte de mais de 4.000 pessoas desde outubro está começando a ceder. "Quero expressar meu reconhecimento e admiração por todos os que estão trabalhando para conter e depois reverter a epidemia de cólera", disse Hillary ao percorrer uma clínica dedicada ao tratamento dessa doença.
Hillary reiterou o compromisso dos Estados Unidos nas necessidades de saúde "e outras necessidades que estão presentes e em muitas formas exacerbadas pelos contínuos esforços na reconstrução e redesenvolvimento depois do terremoto". "É uma boa notícia no sentido de que as cifras estão diminuindo, mas de nenhuma forma terminaram. Pacientes ainda estão chegando" à clínica, completou a secretária de Estado.
Steven Smith, um funcionário de saúde da embaixada americana, disse a Hillary que "estamos vendo a diminuição no número de casos de cólera. E ainda mais importante, estamos vendo uma diminuição no número de vítimas fatais".