Mundo

Obama fala sobre situação no Egito

Agência France-Presse
postado em 01/02/2011 21:24
Washigton - O presidente americano, Barack Obama, vai se pronunciar agora à noite sobre os acontecimentos no Egito, informou o porta-voz do conselho de segurança nacional, Tommy Vietor, depois de o presidente Hosni Mubarak ter afirmado que não tentará a reeleição, mas que não pretende renunciar.

Segundo Vietor, o pronunciamento de Obama na Casa Branca seguirá a uma reunião de 80 minutos mantida com conselheiros da segurança nacional sobre os protestos no Egito.

O porta-voz afirmou que Obama assistiu na Casa Branca ao discurso de Mubarak transmitido pela televisão nacional, ao lado de funcionários de alto escalão do governo, entre eles a secretária de Estado, Hillary Clinton.

"O anúncio do presidente (egípcio) foi importante, mas a questão é saber se satisfará as exigências das pessoas que se concentraram na praça Tahrir, da Libertação", declarou um outro funcionário que preferiu não ter o nome divulgado.

"O que está claro, é que o movimento ganha força e não vai parar", prosseguiu.

Um dirigente americano havia confirmado, antes, à AFP, que Obama pedira a Mubarak que não se apresentasse às eleições egípcias de setembro, através de mensagem transmitida por um ex-embaixador americano no Cairo, Frank Wisner.

O recado levado por Frank Wisner a Mubarak "era o de que o tempo dele no poder aproximava-se do fim", detalhou. "A questão é saber se ele parte agora ou mais tarde. Nossa mensagem dizia simplesmente que é preciso admitir o que o povo quer".

Mubarak demonstrou que entendeu em parte a mensagem, "mas a grande questão é saber se o povo quer mais, e isto é perfeitamente possível", acrescentou.

Mais cedo nesta terça-feira, um funcionário americano revelou que a embaixadora dos Estados Unidos no Cairo, Margaret Scobey, conversou por telefone com Mohamed ElBaradei, um dos líderes da oposição egípcia.

Margaret Scobey repetiu a ElBaradei a posição pública dos Estados Unidos sobre a crise: Washington deseja a transição política, mas não quer ditar para o Egito a direção a tomar, segundo a mesma fonte.

Domingo, ElBaradei havia criticado os Estados Unidos pela prudência em relação às manifestações contra um governo que ainda é um de seus principais aliados, e um dos mais importantes recebedores de sua ajuda militar, no Oriente Médio.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação