Agência France-Presse
postado em 04/02/2011 13:46
Brasília ; O governo do presidente de Cuba, Raúl Castro, confirmou nesta sexta-feira (4/2) que mais dois dissidentes políticos, mantidos presos em carceragens no país, serão libertados nas próximas horas. As informações são divulgadas pela Igreja Católica de Cuba que participa diretamente das negociações para a libertação dos presos políticos no país.Os opositores que serão libertados são Ángel Juan Moya Acosta e Guido Sigler Amaya. Moya pretende permanecer em Cuba, enquanto Amaya sinalizou que quer mudar para os Estados Unidos, segundo informações da Igreja Católica cubana. Ambos têm parentes atuando em movimentos contrários ao governo Castro.
Os dissidentes, que serão libertados nas próximas horas, pertencem a um grupo de 52 opositores que o governo Castro prometeu libertar. O acordo para a libertação dos opositores foi negociado pela Igreja Católica de Cuba e o governo da Espanha. Muitos dos dissidentes já estão livres e foram enviados para a Espanha.
Porém, os cubanos que passaram a viver em território espanhol reclamam que não tiveram opção de permanecer em solo cubano. Muitos também se queixam das condições de vida na Espanha, como a obrigação de viver em bairros afastados.
No total, a expectativa é que sejam libertados 75 dissidentes políticos presos em 2003 durante a chamada Primavera Negra. Na ocasião houve uma série de manifestações contra o governo do então presidente Fidel Castro. Com isso 75 manifestantes foram presos. As condenações variaram, de acordo com cada crime, de seis anos até a prisão perpétua.