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Em duas semanas de protestos, Egito ainda sofre com a falta de normalidade

postado em 07/02/2011 13:53
Brasília - Depois de 14 dias de protestos contra o governo do presidente do Egito, Hosni Mubarak, o país ainda está longe de retomar normalidade. Apenas um terço dos bancos voltou a funcionar, liberando pequenas quantias de dinheiros, enquanto 60% do comércio ainda mantém as portas fechadas, assim como as escolas e algumas instituições privadas. Os manifestantes permanecem acampados na Praça Tahrir, centro dos protestos.

Em entrevista à Agência Brasil, o embaixador do Brasil no Egito, Cesário Melantonio Neto, disse ser impossível estimar quando a crise será encerrada no país. ;Na Tunísia a crise só acabou depois da quarta para a quinta semana. Mas qualquer estimativa não é precisa;, disse ele.

Apesar das dificuldades, o embaixador afirmou que ainda não há desabastecimento no país. De acordo com ele, há água, alimentos e combustíveis sendo vendidos normalmente. ;Felizmente não há desabastecimento. Tenho conversado com egípcios e estrangeiros para verificar isso;, afirmou.

Porém, a Bolsa de Valores do Egito ; que está fechada há 11 dias ; só deve ser reaberta no domingo (13). O presidente da Bolsa de Valores do Cairo, Khaled Serri, disse que a abertura deve ocorrer com novas medidas para estimular o desempenho do mercado. Ele não adiantou quais serão essas medidas.

O governo egípcio não informou os prejuízos para a economia em decorrência da série de manifestações. Mas, segundo análise do banco francês Crédit Agricole, a crise política custará ao Egito pelo menos US$ 310 milhões .

Em consequência da crise política no Egito e em mais países muçulmanos, foi adiada para 20 de abril a 3; Cúpula dos Países Sul-Americanos e Árabes (Aspa), marcada para o próximo dia 12. A cúpula ocorrerá em Lima, no Peru. Os 22 países que integram a Liga dos Países Árabes participarão do evento.

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