Agência France-Presse
postado em 07/02/2011 20:09
Havana - Fidel Castro Díaz-Balart, físico nuclear e primogênito do líder cubano Fidel Castro, condenou esta segunda-feira (7/2) o "assassinato seletivo" de cientistas nucleares, em alusão aos mortos no Irã, na abertura de um congresso internacional sobre Física Nuclear.
"Ante o assassinato seletivo de cientistas e, em particular de cientistas nucleares, eventos como este nos permitem antecipar um espaço de participação com rigor, honestidade e solidariedade", disse Díaz-Balart, de 61 anos, após repudiar o fato, segundo um informe da TV cubana.
O tema foi abordado por seu pai em artigos publicados na imprensa, em um dos quais mencionou o assassinato desde 2007 de homens de ciência iranianos, entre eles Masud Ali Mohammadi, que morreu em janeiro de 2010 na explosão de uma moto-bomba, perto de sua residência, em Teerã.
Fidel, de 84 anos e afastado do governo desde 2006 por causa de uma doença, acusou em um de seus textos os Estados Unidos, Israel e Grã-Bretanha de organizar "uma carnificina" contra os cientistas do Irã para deter o programa nuclear iraniano, ao qual Cuba sempre apoiou.
Autor de vários textos sobre o tema, o filho de Fidel Castro é um defensor da energia nuclear para enfentar as mudanças climáticas, um dos temas que abordará o congresso, que também inclui um simpósio sobre ciências nucleares aplicadas e seu impacto na medicina moderna.
O congresso, do qual participam 40 especialistas de 18 países, "nos faz apostar em um futuro melhor para a ciência e a tecnologia modernas", acrescetnou Díaz-Balart, graduado na antiga União Soviética e assessor do governo de Raúl Castro em temas nucleares.