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Após terremoto, governo chileno divulga relatório de reconstrução do país

Agência France-Presse
postado em 08/02/2011 17:14
Santiago - A reconstrução dos estragos deixados pelo terremoto de 8,8 graus, na escala Richter, e o tsunami que golpearam o Chile em fevereiro de 2010 e que deixaram 524 mortos, concluirá em 2014, segundo um relatório entregue nesta terça-feira (8/2) pelo presidente Sebastián Piñera.

"O objetivo é que no dia 11 de março de 2014 (quando houver troca de governo) estejam reconstruídas todas estas obras", informou o relatório "Balanço da Reconstrução" que Piñera colocou à disposição da imprensa internacional durante um encontro no La Moneda.

O documento explica que o processo de recuperação foi dividido em três etapas - entre março de 2010 e março de 2014 - com a finalidade de recuperar as áreas afetadas pelo sismo nos quesitos moradia, educação, saúde e infraestrutura pública.

"Sem dúvida, as perdas humanas foram mais dolorosas neste terremoto e maremoto, mas a tragédia também significou uma destruição em massa, profunda e extraordinariamente devastadora de nossa infraestrutura e nosso patrimônio", disse Piñera ao apresentar o relatório.

Segundo o mandatário, até 2014, o governo entregará 220 mil subsídios habitacionais pelo terremoto, reconstruirá colégios e universidades por mais de 8,5 bilhões de dólares e inaugurará hospitais nas zonas mais afetadas pela catástrofe.

O presidente chileno ainda mencionou a implementação de um novo sistema de alerta precoce de catástrofes, mediante uma rede de comunicação via satélite para que a informação seja transmitida rapidamente.

O balanço acrescenta que o forte tremor causou a perda de 200 mil empregos, 3.700 escolas ficaram danificadas, 17 hospitais completamente inutilizados e 1.554 quilômetros de estradas destruídos, além de prejuízos em instalações militares calculados em 165 milhões de dólares.

A ajuda internacional que o Chile recebeu alcançou os 22 milhões de dólares, informa ainda o relatório.

O terremoto afetou desde a região de Valparaíso, no centro do país, até Araucanía, no sul, um total de 630 quilômetros ao longo do território chileno.

O total em prejuízos causados pelo desastre alcançou 30 bilhões de dólares, 18% do Produto Interno Bruto (PIB) do Chile, segundo estimativas do Ministério da Fazenda.

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