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Irmandade Muçulmana afirma que não quer tomar o poder no Egito

Agência France-Presse
postado em 09/02/2011 15:01
CAIRO - A Irmandade Muçulmana, principal força de oposição no Egito, assegurou nesta quarta-feira que não busca o poder, apesar de seus inúmeros pedidos para que o presidente Hosni Mubarak renuncie de imediato.

"A Irmandade Muçulmana não busca o poder. Não queremos participar no momento (...). Não queremos apresentar um candidato à presidência" (nas eleições previstas para setembro), afirmou Mohamed Mursi, um alto dirigente do movimento, em coletiva no Cairo.

"Não é uma pessoa, um partido ou um grupo que encabeçam as manifestações. Ninguém pode fingir que dirige a multidão", acrescentou o dirigente da poderosa confraria, oficialmente proibida pelas autoridades egípcias há meio século.

"Estamos com a vontade do povo, com a maioria do povo egípcio. Nós não somos a maioria", insistiu.

"O presidente deve deixar seu cargo. Uma nova era deve começar", enfatizou Mursi. "O regime caiu, agora deve partir. É atualmente a única reivindicação", acrescentou.

Segundo Mursi, o diálogo iniciado no domingo parece carecer de seriedade.

"Alguns parecem acreditar que se trata de um monólogo. Nós queremos um diálogo", explicou ainda.

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