Mundo

Manifestantes permanecem mobilizados na Praça Tahrir

Agência France-Presse
postado em 10/02/2011 09:11
CAIRO - Os manifestantes que há 17 dias exigem a renúncia do presidente egípcio Hosni Mubarak permanecem mobilizados nesta quinta-feira (10/2) na Praça Tahrir do Cairo, apesar da ameaça do governo de recorrer ao Exército no caso de "caos".

Durante a madrugada, os manifestantes gritaram "o povo quer a queda do regime", frase que resume os protestos contra Mubarak, que está no poder há quase 30 anos.

Os manifestantes também gritaram frases contra Alaa, filho mais velho do presidente.

Muitos exibiam fotos dos "mártires", as vítimas da violência que já matou 300 pessoas, segundo a ONU e a ONG Human Rights Watch, desde o início do movimento.

Novas barracas foram instaladas na praça situada no centro do Cairo, que virou o símbolo da revolta iniciada em 25 de janeiro e é ocupada desde o dia 28 do mês passado.

Os tanques do Exército permanecem posicionados nas proximidades do Museu Egípcio, perto da praça.

Na quarta-feira, centenas de pessoas cercaram o Parlamento e a sede do governo, que ficam frente a frente, e passaram a noite na calçada que leva ao Parlamento.

Nesta quinta-feira, as duas entradas da avenida que leva ao Parlamento estavam bloqueadas.

"Não a (Omar) Suleiman (o vice-presidente)" "Não aos agentes americanos". "Não aos espiões israelenses", "Abaixo Mubarak", gritavam os manifestantes.

"Se não morrermos aqui, morreremos na prisão. Prefiro morreir aqui", afirmou à AFP Attiya Abu El Ela, um desempregado de 24 anos.

Na terça-feira, adotando um tom mais duro, o ministro das Relações Exteriores, Ahmed Abul Gheit, advertiu que o Exército atuaria no caso de caos para retomar o controle da situação.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação