Agência France-Presse
postado em 10/02/2011 09:49
SEUL - A Coreia do Norte afirmou nesta quinta-feira (10/2) que não considera necessário manter um diálogo com o Sul, um dia depois da suspensão repentina das conversações militares iniciadas com o país vizinho, após meses de tensão."Como resultado claro que os traidores não querem uma melhora das relações entre Norte e Sul e querem evitar o diálogo, nosso Ejército e nosso povo já não sentem necessidade de seguir dialogando com eles", afirma um comunicado publicado pela agência oficial de Pyongyang.
Como traidores o comunicado destaca, entre outros, os ministérios sul-coreanos da Defesa e da Unificação.
As conversações entre altos comandantes militares sul e norte-coreanos foram interrompidas de maneira abrupta na quarta-feira sem acordo.
Este fracasso é uma "oportunidade perdida" pela Coreia do Norte para demonstrar a sinceridade da melhora da suas relações com Seul, reagiu o Departamento de Estado americano.
O encontro desta semana foi o primeiro entre autoridades dos dois países desde o bombardeio por Pyongyang de ua ilha sul-coreana em 23 de novembro, que deixou quatro mortos.
A delegação do Norte abandonou a mesa de conversações depois de se recusar a pedir perdão por dois incidentes graves em 2010: o bombardeio de novembro e o ataque a uma corveta sul-coreana em março (46 mortos), atribuído por uma investigação internacional a Pyongyang, que nega a acusação.
A Coreia do Norte considera que as conversações não deveriam estar centradas nos incidentes, mas evocar, de maneira geral, uma forma de evitar atos de provocação dos dois lados.