Agência France-Presse
postado em 12/02/2011 19:21
Washington - O presidente Barack Obama elogiou neste sábado o compromisso do exército egípcio de transferir o poder a civis, informou a Casa Branca.
"O presidente (Obama) pediu hoje a vários dirigentes estrangeiros para continuar com as consultas com seus colegas sobre a questão dos últimos acontecimentos no Egito", indica o comunicado, que precisa que o presidente americano falou com o primeiro-ministro britânico David Cameron, com o rei Abddullah da Jordânia e com o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan.
"Obama saudou a mudança histórica realizada pelos egípcios e reafirmou sua admiração por seus esforços. Igualmente saudou o anúncio realizado hoje pelo Conselho Supremo das forças armadas prometendo uma transição democrática aos civis e o respeito às obrigações internacionais do Egito", acrescenta o comunicado.
Na véspera, após o anúncio da renúncia do presidente Hosni Mubarak, Obama afirmou que o povo egípcio manifestou-se e não aceitará nada menos que uma "democracia genuína", e pediu para os militares garantirem a credibilidade da transição política.
"O povo do Egito manifestou-se; sua voz foi ouvida e o Egito nunca mais será o mesmo", disse Obama em sua primeira declaração pública sobre a renúncia do presidente Hosni Mubarak após duas semanas de protestos.
"Renunciando, o presidente Mubarak respondeu à fome do povo egípcio por mudanças", disse Obama.
"Os egípcios deixaram claro que somente uma democracia genuína pode prevalecer", disse Obama, pedindo para os militares responsabilidade para preservar o Estado.
Neste sábado, as poderosas Forças Armadas do Egito prometeram uma transição pacífica para um governo civil eleito e o respeito de todos os tratados internacionais.
Em um comunicado lido na televisão estatal, o Conselho Supremo das Forças Armadas afirma o compromisso com uma "transição pacífica do poder", que "prepare o caminho para que uma autoridade civil eleita construa um Estado democrático".
O governo egípcio permanecerá no poder provisoriamente para administrar os assuntos correntes, segundo os militares, que assumiram o controle do país depois da queda do regime de Mubarak.