postado em 16/02/2011 08:57
As embaixadas de Israel no mundo todo estão em alerta contra ameaças de terrorismo. O Ministério das Relações Exteriores anunciou ontem que foram fechadas, temporariamente, quatro representações diplomáticas que correm risco de serem alvo de ataques do Hezbollah. O aumento no nível de vigilância é explicado pela proximidade do aniversário da morte de Imad Mughniyeh, chefe de operações militares do grupo xiita libanês, assassinado na Síria em 12 de fevereiro de 2008. A organização acusa o serviço secreto israelense e promete vingança. Cartas anônimas foram recebidas no fim de semana, e a diplomacia israelense analisa a possibilidade de interromper o funcionamento das missões por alguns dias e pedir aos funcionários que permaneçam em casa.As localidades das quatro embaixadas colocadas em alerta máximo não foram reveladas. O ministério declarou apenas que elas estão em países considerados perigosos para israelenses e judeus. A imprensa local chegou a especular que os principais alvos de um ataque terrorista estariam na África, no Sudeste da Ásia e no Cáucaso (sul da Rússia). A vigilância, no entanto, aumentou em todas as representações diplomáticas israelenses, inclusive no Brasil. ;Os israelenses são pioneiros em estratégias antiterrorismo. Se eles divulgaram alertas como esse, é porque a ameaça é específica e real. Eu, pessoalmente, acho que o foco deve estar na própria região;, disse ao Correio Jonathan Schanzer, especialista em Oriente Médio e vice-presidente da Fundação para a Defesa das Democracias.
Em comunicado divulgado ontem, a chancelaria declarou que foi identificado, nos últimos dias, ;um número irregular de incidentes que visavam missões; de Israel. ;Nesse momento, estimamos que existe uma ameaça e estamos tratado do assunto. Autoridades de alto escalão estão em contato com autoridades dos países que são motivo de preocupação.;
O Conselho de Segurança Nacional divulgou um alerta na última sexta-feira para que israelenses e judeus evitem deslocar-se para os seguintes países: Turquia, Egito, Geórgia, Azerbaijão, Armênia, Costa do Marfim, Mali, Mauritânia e Venezuela. O comunicado pede que os turistas evitem aglomerações e locais fechados. A indicação se baseia na mesma justificativa da chancelaria: o risco de atentados nos dias próximos à morte do líder xiita libanês. Imad Mughniyeh foi morto quando se dirigia para um evento em um centro cultural iraniano em Damasco, capital da Síria. O carro em ele viajava explodiu. O grupo libanês e o Hezbollah acusam Israel, que negou qualquer envolvimento no atentado.