Genebra - Os bens na Suíça do ex-presidente egípcio, Hosni Mubarak, e seu entorno somam "dezenas de milhões de francos" suíço (o mesmo em dólares), informou este domingo o ministério das Relações Exteriores, uma semana depois do anúncio de seu congelamento. Em 11 de fevereiro, a Suíça foi o primeiro país a decidir congelar os bens que poderiam ter no país o presidente egípcio e pessoas próximas dele para "evitar qualquer risco de evasão de bens pertencentes ao Estado egípcio".
"Por esta disposição, os intermediários financeiros como os bancos ou as seguradoras estão obrigados a observar se têm fundos pertencentes a estas pessoas", informou um porta-voz do ministério, Stefan von Below."Se encontrarem, devem nos informar", acrescentou.
O anúncio já rendeu frutos e o ministério suíço das Relações Exteriores recebeu em uma semana "várias informações sobre um montante de dezenas de milhões de francos" suíços, disse Below, acrescentando que esta cifra pode aumentar. A Justiça suíça deve determinar se estes fundos são legítimos e, caso não sejam, a quem pertencem, explicou. O congelamento dos bens egípcios na Suíça abrange 12 pessoas, entre elas Hosni Moubarak e sua família, bem como quatro ex-ministros e um ex-secretário de organização do Partido Nacional Democrático egípcio.