Agência France-Presse
postado em 21/02/2011 10:47
SANAA - Os ulemás do Iêmen proibiram o uso da força contra os manifestantes e condenaram as detenções arbitrárias e a tortura, em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (21/2) após uma reunião dos clérigos muçulmanos no momento em que as rebeliões populares se propagam pelo mundo árabe."Qualquer agressão contra os manifestantes é um crime", afirma o comunicado dos ulemás sunitas e os zaiditas (ala do xiism predominante no norte do Iêmen), que também condenaram os ataques contra os membros das forças de segurança.
A reunião extraordinária dos ulemás foi dirigida pelo xeque Abdelmajid Zendani, acusado pelos Estados Unidos de apoiar o "terrorismo global" pelos supostos vínculos com a Al-Qaeda.
Os ulemás também condenaram as "detenções arbitrárias e a tortura".
Os partidários do regime atacaram com violência os manifestantes que exigiam a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh.
Em Aden (sul), 12 pessoas morreram na repressão dos protestos na última semana.