postado em 21/02/2011 14:30
Brasília ; A um mês das eleições no Haiti, o Conselho Eleitoral Provisório (CEP) do país anunciou a demissão de cerca de 300 fiscais eleitorais e várias mudanças para o segundo turno que ocorrerá no dia 20 de março. O presidente do conselho, Pierre Louis Opont, disse que as medidas foram tomadas para evitar a repetição dos erros registrados no primeiro turno, em 28 de novembro de 2010.A Comissão de Verificação da Organização dos Estados Americanos (OEA) constatou que houve uma série de irregularidades no primeiro turno. Entre elas, há resultados suspeitos de fraudes, duplicidade e até triplicidade das cédulas eleitorais e problemas nos locais de votação.
No próximo dia 20 disputarão a sucessão presidencial a ex-primeira-dama Mirlande Manigat ; casada com o ex-presidente haitiano Leslie Manigat (1988) e que é de oposição ; e Michel Martelly, um dos músicos mais populares do país, também de oposição. O Brasil, por meio do Ministério das Relações Exteriores, ofereceu apoio ao processo eleitoral.
Para o Itamaraty, essa cooperação é fundamental para a garantia do processo democrático. Por recomendação da OEA, o Conselho Eleitoral Provisório do Haiti mudou a ordem dos candidatos que disputarão o segundo turno, ao substituir o governista Jude Célestin pelo cantor Martelly.
Em meio à disputa eleitoral, a sociedade haitiana luta para reconstruir o país devastado pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010. Mais de 220 mil pessoas morreram e boa parte da população ficou sem casa. A situação se agravou ainda mais com a epidemia de cólera que matou mais de 4 mil haitianos.
Paralelamente, ex-presidentes do Haiti como Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc, e Jean-Bertrand Aristide sinalizam que querem voltar à cena política do país.