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Khadafi pode estar a caminho da Venezuela, diz chanceler britânico

postado em 21/02/2011 15:27
O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, afirmou hoje (21/2) que há informações de que o presidente líbio, Muammar Khadafi, deixou o país em direção à Venezuela. A saída de Khadafi foi motivada por uma série de protestos iniciada no último dia 15, que gerou violência e deixou cerca de 200 mortos, segundo informações não governamentais. Hague participa da reunião dos ministros de Relações Exteriores da União Europeia, na Bélgica. Ele pediu o fim da violência na Líbia e que todos os envolvidos nos protestos no país "ajam com humanidade e com moderação". O regime comandado por Khadafi lançou uma dura campanha de repressão contra os protestos. Testemunhas afirmam que manifestantes que saíram às ruas da capital, Trípoli, na noite de ontem (20) foram reprimidos, por forças de segurança, com armas de fogo e gás lacrimogêneo. Hoje há relatos de que as ruas da cidade estavam tranquilas, com forças do governo patrulhando a Praça Verde, um dos locais onde os manifestantes se reúnem. Houve sons de tiros nas primeiras horas da manhã de hoje e bombeiros tentavam controlar o fogo na Assembleia do Povo, incendiada por manifestantes. Benghazi, a segunda cidade do país, está nas mãos de manifestantes, informaram organizações não governamentais. Segundo testemunhas, a polícia fugiu de Zawiyah, a oeste da capital, e a cidade se transformou em um o caos. Há relatos de que muitos moradores estão fugindo para a Tunísia, país vizinho. O filho de Khadafi, Saif Al Islam, advertiu que uma guerra civil poderia ter início no país. Em um longo pronunciamento pela televisão, ele prometeu reformas políticas, mas afirmou também que o regime "lutaria até a última bala", contra "elementos dissidentes". O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha disse que a Líbia deve permitir a entrada de observadores internacionais no país para conduzir investigações sobre o uso de violência. Ele pediu a abertura da internet no país, o fim da repressão a jornalistas e a proteção de cidadãos estrangeiros. O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, disse que as exigências dos manifestantes são legítimas e pediu o fim da violência na Líbia.

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