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Manifestações na Líbia deixam 300 mortos, entre eles 111 militares

Agência France-Presse
postado em 22/02/2011 17:43

Trípoli - Segundo fontes oficiais, 300 pessoas já morreram desde o início dos protestos na Líbia, sendo que 111 delas eram militares.

Os dados foram apresentados na noite desta terça-feira (22/2) em uma coletiva de imprensa por um porta-voz do ministério do Interior.

Cerca de metade das mortes (104 civis e 10 militares) ocorreram na segunda maior cidade do país, Benghazi, situada mil km a leste de Trípoli e foco da insurreição, em Al Baida (18 civis e 63 militares) e em Derna (29 civis e 36 militares).

Estes são os primeiros dados oficiais relativos às vítimas da rebelião popular iniciada há uma semana.

"A calma foi restabelecida na maioria das grandes cidades e as forças de segurança e do exército recuperaram suas posições", disse Mohammed Zwei, presidente do Congresso Geral do Povo (Parlamento), na mesma coletiva de imprensa.

Horas antes deste anúncio, o coronel Kadhafi jurou em um discurso transmitido pela televisão restabelecer a ordem brandindo a ameaça de uma repressão sangrenta, garantindo que o regime ainda não "utilizou a força".

Violência

Segundo testemunhas contactadas pela AFP, a violência concentrada primeiro em Benghazi alcançou a capital no domingo à noite, enquanto em Benghazi a paz voltou a reinar na segunda-feira.

De acordo com a organização Human Rights Watch (HRW), que citava nesta terça-feira à tarde dois hospitais da capital, a repressão deixou "pelo menos 62" mortos em Trípoli desde domingo.

O ministro do Interior, Abdel Fatah Yunes, anunciou sua demissão na noite desta terça-feira e sua adesão "à revolução", segundo imagens divulgadas pela rede de televisão Al Jazeera, mas o porta-voz do Ministério não citou esta questão.

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