Mundo

Conselho de Segurança da ONU cobra responsabilidade das autoridades líbias

postado em 23/02/2011 08:47
Brasília ; Reunido extraordinariamente na terça-feira (22/2) à noite, o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou, por unanimidade, a violência cometida por autoridades da Líbia contra os manifestantes que protestam contra o governo Muammar Khadafi. Organizações não governamentais estimam que o número de mortos pode chegar a 400. Há suspeitas de crimes contra a humanidade e violação de direitos humanos.

;[Os países-membros do conselho pedem o] imediato fim da violência e que sejam dados passos para lidar com as legítimas exigências da população através do diálogo nacional;, diz comunicado divulgado pelo órgão. As informações são da agência de notícias das Nações Unidas e da empresa pública de Portugal, a Lusa.

A presidente temporária do órgão, a embaixadora brasileira Maria Luiza Ribeiro Viotti, disse que há ;séria preocupação; com os fatos no país do Norte da África. O subsecretário-geral para Assuntos Políticos das Nações Unidas, Lynn Pascoe, reiterou as impressões dos integrantes do conselho. Para ele, a situação na Líbia pode ficar ;muito pior; nos próximos dias.

Os países-membros do conselho pediram ainda ao governo líbio que cumpra a responsabilidade de proteger a população, agir com moderação, respeitar os direitos humanos e o direito humanitário internacional ; que é de permitir o acesso imediato de observadores dos direitos humanos e agências humanitárias.

Diferentemente da maior parte da delegação líbia na Organização das Nações Unidas (ONU), o representante permanente da Líbia na ONU se mantém fiel a Khadafi. Ibrahim Dabbashi, número dois da missão líbia nas Nações Unidas, defende a renúncia de Khadafi. ;É uma boa mensagem para o regime, para acabar com o derrame de sangue do povo líbio;, disse.

O comando do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) informou que há perigo para os que solicitam asilo político e refúgio. "Não temos acesso neste momento para a comunidade de refugiados. Nos últimos meses, temos tentado regularizar a presença na Líbia, mas há dificuldades ao nosso trabalho", disse a porta-voz Melissa Fleming.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação