Agência France-Presse
postado em 23/02/2011 22:42
Trípoli - Aisha, filha do líder da Líbia, Muamar Kadhafi, desmentiu na noite desta quarta-feira sua saída do país, como informaram redes árabes de TV."Digo aos líbios e líbias que amo e me amam que resisto nesta casa", declarou Aisha à TV estatal na residência de Kadhafi em Bab Al Azizia, na capital Trípoli.
Aisha respondia a versões de TVs árabes sobre sua presença em um avião da Libyan Arab Airlines que foi impedido de pousar nesta quarta-feira no aeroporto de La Valeta, na ilha de Malta.
O avião, um ATR 42 com 14 pessoas a bordo, teve o pouso negado porque surgiu de forma inesperada no espaço aéreo maltês, segundo as autoridades locais.
Aisha perdeu seu cargo de embaixadora da boa vontade das Nações Unidas após os acontecimentos trágicos na Líbia, informou hoje um porta-voz da ONU.
O regime de Kadhafi é pressionado pela rebelião popular, que já controla o leste do país, enquanto a comunidade internacional exige que se abstenha de reprimir os protestos com violência.
A repressão à revolta já deixou 640 mortos desde o dia 15 de fevereiro, segundo dados divulgados em Paris pela Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH).
O número oficial de vítimas chegava nesta terça a 300 mortos, 111 deles militares.
Na terça-feira, Kadhafi, o "Guia da revolução" ordenou a suas tropas esmagar a rebelião, conclamando seus seguidores a sair nesta quarta-feira às ruas para expressar apoio e "capturar os ratos" que buscam derrubar a "Jamahiriya" (república de massas) Árabe Popular e Socialista.