Agência France-Presse
postado em 24/02/2011 14:17
JERUSALÉM - O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu lançou nesta quinta-feira (24/2) uma severa advertência ao movimento islamita Hamas, que ocupa o poder em Gaza, e aos grupos armados dos território palestinos, no dia seguinte aos disparos de foguete Grad e de obuses contra o sul de Israel."Ordenei ao exército israelense que responda com força e o fiz imediatamente em grande escala", informou Netanyahu durante coletiva conjunta com seu colega polonês Donald Tusk.
"Não aconselho a ninguém que coloque em teste a determinação do Estado de Israel. Estamos determinados a defender nossos cidadãos e não aceitamos nenhum bombardeio contra a população civil", advertiu.
Um combatente da Jihad Islâmica morreu e outros dez palestinos ficaram feridos na quarta-feira em combates entre o Exército hebreu e membros deste grupo radical na Faixa de Gaza.
Um tanque israelense atirou contra um comando da Jihad Islâmica posicionado próximo ao muro que separa o território palestino de Israel.
O disparo matou um combatente e feriu outros dez, incluindo um gravemente, segundo os serviços de emergência em Gaza.
Em outro incidente na Faixa de Gaza, exatamente em Khan Yunis, um menino de sete anos morreu e outras duas pessoas ficaram feridas em uma explosão, ao que parece acidental, que destruiu uma casa, segundo testemunhas.
À noite, Israel respondeu a disparos palestinos com um ataque aéreo que deixou dois feridos entre os membros de um comando da Jihad islâmica que iam lançar obuses no Zaytun, a leste da cidade de Gaza, segundo serviços de emergência locais e testemunhas.
Um foguete palestino Grad, lançado da Faixa de Gaza, caiu à noite na cidade de Beersheva (sul), sem deixar feridos.
A imprensa israelense destacou o caráter "excepcional" desse disparo de foguete palestino, que poderá significar um passo a mais na escalada da violência que agita a zona fronteiriça entre a faixa de Gaza e Israel.
O movimento islâmico Hamas, no poder em Gaza, renovou em janeiro as instruções de fazer respeitar os grupos armados a trégua de fato imperante com Israel.
Os disparos da faixa de Gaza diminuíram, mas não cessaram totalmente.
O Hamas quer evitar um novo confronto com Israel, dois anos depois da sangrenta ofensiva israelense entre dezembro e janeiro de 2008-2009.