postado em 25/02/2011 09:57
Brasília ; O Conselho de Segurança das Nações Unidas deve aguardar apenas a retirada de todos os estrangeiros interessados em deixar a Líbia para votar a proposta de sanções ao governo do presidente Muammar Khadafi. A proposta foi sugerida pelos representantes da França e Inglaterra. Paralelamente, os europeus recomendam a apresentação de uma queixa formal contra o governo líbio no Tribunal Penal Internacional (TPI) por suspeitas de crimes contra a humanidade.O conselho tem reunião marcada para esta sexta-feira (25/2). O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Nato), Anders Fogh Rasmussen, sugeriu que também nesta sexta-feira ocorra uma reunião extraordinária do órgão para discutir o agravamento da crise na Líbia.
Na presidência do Conselho de Segurança até segunda-feira (28), o Brasil defende a busca pelo diálogo e a negociação, posicionando-se contrariamente à adoção de sanções à Líbia. Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, disse que a aprovação de sanções não soluciona o impasse.
As informações são da União Europeia, das Nações Unidas e da agência pública de notícias de Portugal, Lusa. As sanções sugeridas por franceses e ingleses estão em fase de discussão e devem atingir a venda de armas para a Líbia. A chanceler da França, Mich;le Alliot-Marie, que esteve no Brasil esta semana, defende recorrer ao TPI contra o governo líbio.
;A situação é muito grave, é preciso que o TPI seja envolvido, é um sinal muito forte a dar;, disse ele. Para o representante da Nato, Anders Fogh Rasmussen, o órgão pode servir como intermediário na busca por uma solução sobre a crise na Líbia. ;A Nato pode funcionar como coordenadora se e quando os estados membros decidirem agir;, disse ele.
As organizações não governamentais indicam que o número de mortos pode ser superior a 600. Há denúncias de violação de direitos humanos e crimes contra a humanidade e relatos de que houve bombardeios em cidades como Trípoli e Benghazi. Os estrangeiros denunciam que têm o passaporte retido por autoridades líbias e que as dificuldades para deixar o país ainda são presentes.