Mundo

Projeto da ONU adverte Líbia sobre crimes contra humanidade

Agência France-Presse
postado em 25/02/2011 21:55
Nações Unidas - Um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU redigido pelas potências ocidentais adverte Muamar Kadafi de que a violência na Líbia pode ser considerada crime contra a humanidade, informaram diplomatas nesta sexta-feira (25/2).

A resolução também pede um embargo de viagens e congelamento de bens contra Kadafi e seus principais aliados e um embargo do envio de armas à Líbia.

O texto diz que a Corte Penal Internacional deveria investigar a violência no país, segundo diplomatas.

"A resolução afirma que essa violência pode representar crime contra a humanidade", informou um diplomata.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse que o Conselho de Segurança deve adotar medidas decisivas e que "a perda de tempo significa a perda de vidas humanas".

"Já é hora do Conselho de Segurança considerar medidas concretas" contra o regime líbio. "Os próximos dias serão decisivos para os líbios e para seu país, com implicações importantes para toda a região".

"A violência deve parar" e os responsáveis pelo "derramamento de sangue dos inocentes devem ser punidos", disse o secretário-geral, citando mais de mil mortos na repressão praticada pelo regime do coronel Muamar Kadafi.

"Há confrontos diários em ao menos três cidades próximas a Trípoli. A população não pode mais sair de casa, sob o risco de ser abatida por forças do governo ou milícia".

"Os partidários do coronel Kadafi estão fazendo batidas de casa em casa. Há informações de que entraram em hospitais para matar opositores feridos", disse Ban Ki-moon.

"Há informações sobre a execução de soldados que se recusam a atirar contra os cidadãos", destacou Ban Ki-moon, que citou ainda "mortes indiscriminadas, prisões arbitrárias, disparos contra manifestantes pacíficos, detenção e tortura de membros da oposição e utilização de mercenários estrangeiros".

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação