Agência France-Presse
postado em 04/03/2011 13:53
WASHINGTON - A chefe da diplomacia americana, Hillary Clinton, exigiu das autoridades cubanas a libertação do americano Alan Gross, que começa a ser julgado nesta sexta-feira (4/3), em Havana, da acusação de espionagem."Está preso há muito tempo. Pedimos ao governo cubano que o liberte, permitindo que saia de Cuba para se encontrar com a família", disse à imprensa.
Hillary destacou a "preocupação" de seu país com o processo aberto contra empresário de 61 anos, que ameaça piorar as relações já tensas entre Estados Unidos e a ilha comunista.
Gross foi detido em Havana no dia 3 de dezembro de 2009 quando, segundo o próprio presidente Raúl Castro, distribuía "sofisticados meios de comunicação" a opositores, cumprindo seu papel de "agente secreto" dos Estados Unidos.
Washington diz que ele é empregado da empresa terceirizada Development Alternatives (DAI) - contratada pelo Departamento de Estado -, para ajudar a comunidade judaica em Cuba a comunicar-se com o exterior dando-lhe celulares e computadores. Mas a comunidade nega ter mantido qualquer contato com ele.
Gross enfrenta uma condenação a 20 anos de prisão por "atos contra a independência ou integridade territorial do Estado".