Agência France-Presse
postado em 06/03/2011 13:23
Sanaa - A oposição iemenita defendeu neste domingo a intensificação das manifestações até a renúncia do presidente Ali Abdullah Saleh, depois que o chefe de Estado se recusou a deixar o cargo.
O presidente iemenita, no poder há 32 anos, rejeitou no sábado uma proposta da oposição, apresentada por representantes religiosos, para que deixasse o cargo até o fim do ano.
[SAIBAMAIS]Saleh afirmou que permanecerá no cargo até o fim do mandato em 2013. "A posição do presidente significa sua morte política. A rua é agora nosso único recurso", declarou à AFP Mohamed al-Sabri, porta-voz da oposição no Parlamento.
"Pedimos a todo o povo a intensificação dos protestos e das manifestações em todas as regiões, para que não tenha outra opção a não ser partir", completou.
O regime de Saleh é questionado desde janeiro por manifestações em Sanaa, Taez, Aden e outras cidades.
Neste domingo, seis militares iemenitas morreram, quatro no leste do país e dois no sul do país, em ataques atribuídos à Al-Qaeda.
Em Maareb (173 km ao leste de Sanaa), criminosos abriram fogo contra quatro membros da Guardia Republicana que estavam a bordo de um caminhão do Exército. Os militares morreram na hora.
O ataque aconteceu perto de Wadi Abida, considerado um refúgio da Al-Qaeda.
As forças de segurança iniciaram uma operação para encontrar os terroristas e um helicóptero abriu fogo contra dois veículos utilizados pela Al-Qaeda, segundo fontes oficiais.
No sul, o coronel do serviço secreto Abdel Hamid al-Sharabi, morreu ao ser atingido por tiros de dois membros da Al-Qaeda, que estavam em uma moto, em Zinjibar, capital da província de Abyan.
Na província de Hadramut, também no sul, o coronel Shayef al-Shuaibi foi morto a tiros em uma ação similar.
O governo do Iêmen enfrenta a Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), que nasceu de uma fusão dos braços iemenita e saudita da rede terrorista de Osama Bin Laden.