Agência France-Presse
postado em 12/03/2011 17:54
Washington - A condenação do americano Alan Gross a 15 anos de prisão, em Cuba, por espionagem, é uma "injustiça", afirmou este sábado um porta-voz da Casa Branca, que pediu sua imediata libertação.
[SAIBAMAIS]"A sentença de hoje (sábado) é outra injustiça no suplício de Alan Gross. Já passou muitos dias preso e não deveria passar nem mais um. Exigimos a libertação imediata de gross para que possa voltar para casa, com sua esposa e família", destacou o comunicado do porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Tommy Vietor.
Um tribunal cubano julgou Gross, de 61 anos e detido na ilha há 15 meses, culpado dos crimes "contra a independência ou integridade territorial", segundo nota oficial divulgada no telejornal, uma semana depois de concluído o julgamento.
Gross, que poderá apelar da sentença, foi detido em Havana no dia 3 de dezembro de 2009 quando, segundo o próprio presidente Raúl Castro, e distribuía "sofisticados meios de comunicação" a opositores, cumprindo seu papel de "agente secreto" dos Estados Unidos.
Washington diz que ele é empregado da empresa terceirizada Development Alternatives (DAI) - contratada pelo Departamento de Estado -, para ajudar a comunidade judaica em Cuba a comunicar-se com o exterior dando-lhe celulares e computadores. Mas a comunidade nega ter mantido qualquer contato com ele.
A chefe da diplomacia americana, Hillary Clinton, chegou a exigir das autoridades cubanas, no início do mês a libertação do americano.
Hillary destacou a "preocupação" de seu país com o processo aberto contra empresário de 61 anos, que ameaça piorar as relações já tensas entre Estados Unidos e a ilha comunista.