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Israel acelera colonização na Cisjordânia

postado em 13/03/2011 10:50
Jerusalém - O Governo israelense autorizou neste domingo a construção de "centenas de casas" em colônias da Cisjordânia, no dia seguinte ao assassinato de cinco membros de uma família judia num assentamento da região, segundo um comunicado oficial.

"A comissão ministerial encarregada dos assentamentos decidiu ontem (sábado) avalizar a construção vários centenas de unidades habitacionais em Gush Etzion, Maale Adoumim, Ariel e Kyriat Sefer", disse a nota do escritório do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.

Essas quatro colônias onde foram autorizadas as novas casas são as mais povoadas da Cisjordânia.

A Autoridade Palestina reagiu, "condenando energicamente" neste domingo a decisão do governo israelense de acelerar a colonização.

Israel havia prometido punir os autores do assassinato de uma família de colonos, praticado na noite de sexta-feira na Cisjordânia e atribuído a palestinos, exigindo da Autoridade Palestina que detenha os culpados.

Um pai de família, Ehud Vogel, de 36 anos, sua esposa Ruth, de 35, e seus filhos, Yoav (11 anos), Elad (3 anos) e Hadass (3 meses) morreram apunhalados em suas camas, na colônia de Itamar, perto de Nablus (norte da Cisjordânia).

Outras duas crianças, de quatro e dois anos de idade, que estavam em casa, escaparam da matança. Outra filha da família, de dez anos, encontrou os corpos ao voltar para casa tarde e avisou os vizinhos.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exigiu da Autoridade Palestina "que ajude a encontrar e punir os assassinos" e pediu o "cessar da incitação (à violência) nas mesquitas e nos meios de comunicação sob seu controle".

"Israel agirá com firmeza para defender a população israelense e punir os assassinos", anunciou Netanyahu, que ordenou ao exército e aos serviços de segurança que "atuem em todas as direções para capturar os terroristas".

Também pediu aos colonos para "não fazer justiça com as próprias mãos".

O presidente palestino, Mahmud Abbas, "denunciou toda violência contra civis quaisquer que sejam os motivos", reiterando a necessidade de se conseguir o mais rapidamente possível um acordo de paz justo.

Na noite de sábado, durante entrevista telefônica com Netanyahu, Abbas expressou o pesar da Autoridade Palestina, segundo o gabinete do premier israelense.

Por enquanto, os agressores não foram detidos e o ataque não foi reivindicado.

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