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Grande maioria dos europeus desconfia de seus governos

postado em 14/03/2011 11:12
Londres - A grande maioria dos europeus desconfia de seus governos e da honestidade de seus políticos em geral, e considera que a situação econômica de seus países deverá piorar na próxima década, segundo pesquisa publicada nesta segunda-feira pelo jornal britânico The Guardian.

Cerca de quatro em cada cinco europeus, ou seja, 78%, diz não confiar na capacidade de seus governos para atacar os problemas de seus respectivos países, contra apenas 14% pensam o contrário, segundo pesquisa realizada pelo instituto ICM na Grã-Bretanha, Alemanha, França, Espanha e Polônia.

Pior ainda, 89% dos entrevistados acreditam que seus políticos em geral não agem com honestidade e integridade, frente a 9% que acreditam que sim. Neste quesito, os mais negativos são os poloneses (96%) e os espanhois (91%).

Os europeus veem em sua maioria o futuro com pessimismo, com 47% das pessoas interrogadas afirmando que a situação econômica vai piorar nos próximos 12 meses e 31% que se manterá igual, contra apenas 20% que acreditam que melhorará.

O resultado é similar em um prazo de 10 anos, com a mesma porcentagem de 47% que consideram que será pior do que agora, 18% que continuará sendo igual, e apenas um terço (32%), que acreditam que melhorará.

Dessa forma, 78% dos europeus também acredita que seus governos gastam muito, em particular os franceses (84%), e 69% se preocupam com a quantidade de dinheiro que estes pedem emprestado.

Sobre as principais ameaças que dizem respeito à União Europeia, um terço dos entrevistados assinala a dívida pública e praticamente a mesma proporção aponta o risco de terrorismo islamita.

Por último, na questão social, 62% dos europeus, encabeçado pelos espanhois (72%) se consideram progressistas em relação a temas como o casamento, os direitos da mulher e dos homossexuais.

A pesquisa Guardian/ICM foi realizada com mais de 1.000 pessoas com idades variando entre 18 e 64 anos em cada um dos cinco países mencionados de 24 de fevereiro a 8 de março de 2011, dentro de uma série queo jornal britânico realiza com os jornais alemão Der Spiegel, espanhol El País, francês Le Monde e polonês Gazeta Wyborcka e Le Monde.

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