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ONU acerta projeto sobre zona de exclusão aérea na Líbia

Agência France-Presse
postado em 17/03/2011 00:23
[SAIBAMAIS]Nova York - O Conselho de Segurança das Nações Unidas acertou nesta quarta-feira um projeto de resolução para impor uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, que será votado nesta quinta-feira, revelaram diplomatas.

As 15 nações que formam o Conselho de Segurança fecharam o projeto de resolução durante conversas que ainda podem ser retomadas antes da votação, completaram as fontes diplomáticas.

"Há um projeto de resolução acertado que traz um certo número de observações, mas não significa que esteja definitivo", disse um diplomata, que pediu para não ser identificado.

Outro diplomata destacou que "há um texto para ser votado amanhã (...) que ainda pode ser modificado".

A diplomata americana nas Nações Unidas, Susan Rice, estimou que o Conselho de Segurança precisa adotar medidas que vão além de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia.

"Precisamos considerar medidas que, talvez, vão além de uma zona de exclusão aérea", disse Rice à imprensa no segundo dia de discussões no Conselho de Segurança sobre a crise líbia.

Enquanto a maioria das Nações defende urgência na adoção de ações, a China se opõe a uma zona de exclusão aérea, enquanto a Rússia se mostra indecisa.

A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, defendeu hoje um "amplo leque de ações" da comunidade internacional contra o regime de Khadafi, e "não apenas uma zona de exclusão aérea".

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, exigiu hoje o fim da violência na Líbia e advertiu que a matança de civis desarmados constitui um "crime contra a humanidade".

As tropas leais ao líder Muammar Khadafi avançam sobre o território conquistado pela oposição e preparam a ofensiva para recuperar a cidade de Benghazi, bastião dos rebeldes e foco da revolta.

As forças de Khadafi já conquistaram Ajdabiya, último feudo dos rebeldes líbios na rota para Benghazi, a 160 km.

Khadafi também prometeu hoje uma "batalha decisiva" para tomar Misrata, a terceira cidade do país, situada 150 km a leste de Trípoli.

"O combate começou em Misrata e amanhã (quinta-feira) será a batalha decisiva", disse o ditador líbio à TV estatal, ao receber em Trípoli um grupo de jovens de Misrata, cidade de 500 mil habitantes.

As forças leais a Khadafi iniciaram hoje a ofensiva contra Misrata, deixando ao menos 4 mortos e uma dezena de feridos, informou a AFP um porta-voz dos rebeldes.

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