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Itália cede suas bases para uma intervenção militar na Líbia

Agência France-Presse
postado em 18/03/2011 17:23
Roma - A Itália colocou nesta sexta-feira (18/3) à disposição suas bases militares em cumprimento com a resolução adotada pela ONU para a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia, o que cria preocupações, já que o país teme represálias por parte de Muamar Kadafi.

Igualmente decidiu o fechamento de sua embaixada em Trípoli, garantindo que assim participará de maneira ativa do cumprimento da resolução da ONU e para demonstrar sua absoluta lealdade para com a União Europeia e a Aliança Atlântica.

"Estamos preocupados. A Itália é o país mais próximo, mais expostos, com muitos interesses", admitiu, no entanto, o ministro italiano da Defesa, Ignazio La Russa, ao falar ante as comissões das Relações Exteriores do Parlamento sobre as decisões adotadas pelo governo conservador de Silvio Berlusconi.

O governo italiano havia mantido até então uma atitude prudente frente à crise na Líbia, em boa parte devido aos enormes interesses econômicos em jogo e tentava conciliar sua posição com a comunidade internacional.

A Itália é ex-potência colonial na Líbia e primeiro sócio comercial desse país até bem pouco tempo.

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