Trípoli ; O regime do coronel Muamar Kadafi considera nula a resolução 1973 das Nações Unidas sobre a Líbia, após a operação militar ocidental deste sábado (19/3), e exige uma reunião urgente do Conselho de Segurança.
"A Líbia demanda uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU após a agressão franco-americana-britânica contra um estado independente e membro das Nações Unidas", disse o ministro líbio das Relações Exteriores em um comunicado difundido na noite deste sábado.
A operação militar contra a Líbia "ameaça a paz e a segurança internacionais. Os ataques militares ocidentais visaram várias regiões do oeste do país e fizeram vítimas entre civis, além de danos em instalações civis, como estradas, aeroportos e até hospitais", destacou o ministro.
"Nosso regime considera nula a resolução 1973 criando uma zona de exclusão aérea e se reserva o direito de utilizar sua aviação, civil e militar, para se defender após a França violar nosso espaço aéreo", completou.
Estados Unidos e Grã-Bretanha dispararam mais de 110 mísseis de cruzeiro Tomahawk contra a Líbia neste sábado, e a aviação francesa fez diversos ataques contra posições das tropas leais a Kadafi.
Os mísseis foram disparados de navios e submarinos e atingiram "mais de 20 alvos", incluindo instalações do sistema integrado de defesa antiaérea e de comunicações estratégicas, todos situados na costa.
A TV líbia informou que "objetivos civis" foram bombardeados nas cidades costeiras de Trípoli, Misrata, Zuara e Benghazi, incluindo o hospital de Bir Osta Miled, 15 km a leste da capital.
Segundo o presidente do Parlamento líbio, Mohamed Zwei, "muitos civis foram feridos nesta agressão, os hospitais estão repletos e as ambulâncias não param".