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Pentágono: defesa antiaérea líbia foi severamente atingida

Agência France-Presse
postado em 20/03/2011 17:56
Washigton - A capacidade de defesa antiaérea líbia foi "fortemente atingida" pelos ataques de aviões e mísseis da coalizão, o que permite a instalação "efetiva" de uma zona de exclusão aérea sobre o país, como determina a resolução das Nações Unidas, informou neste domingo um alto oficial do Pentágono.

"Os ataques (da coalizão) foram muito eficazes e atingiram fortemente a defesa antiaérea do regime" de Muammar Kadhafi, afirmou o vice-almirante Bill Gortney em entrevista coletiva.

A principal ameaça contra aviões americanos, britânicos e franceses que no momento atuam na Líbia é constituída por mísseis terra-ar SA-5, mas "a capacidade (das forças pro-Kadhafi) para lançá-los foi fortemente reduzida".

As forças líbias também não mostram mais sinal de atividade de radar - para detectar os aviões inimigos - sobre suas posições de defesa antiaérea, destacou o almirante.

As emissões de radar da defesa antiaérea líbia eram limitadas a zonas em torno de Trípoli e Syrte, feudo do coronel Kadhafi. Estados Unidos e Grã-Bretanha lançaram 124 mísseis Tomahawk contra as duas regiões no sábado.

A destruição da capacidade antiaérea era fundamental para o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, como prevê a resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Na mesma entrevista, o almirante Gortney revelou que "não há indícios de vítimas civis" nas regiões da Líbia atacadas por aviões e mísseis da coalizão.

No sábado, a TV estatal líbia informou que vários "objetivos civis" foram bombardeados nas cidades de Trípoli, Misrata, Zuara e Benghazi, incluindo o hospital de Bir Osta Miled, 15 km a leste da capital.

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