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Alemão é condenado a 14 anos de prisão por incesto

Agência France-Presse
postado em 22/03/2011 09:34
KOBLENZ - Um tribunal condenou nesta terça-feira (22/3) a 14 anos e meio de prisão um ex-caminhoneiro alemão que admitiu ter violentado a filha, o enteado e a enteada, com quem teve oito filhos em 23 anos.

Em um julgamento que comoveu o país, e que recordou o caso de Josef Fritzl na Áustria, o condenado, identificado como Detlef S., de 48 anos, submeteu a família a um calvário de mais de 20 anos, segundo a corte.

O advogado de defesa, Thomas Dueber, reconheceu que o cliente era pai dos sete filhos da enteada, com idades entre 15 meses e 11 anos. Uma oitava criança faleceu pouco depois do parto.

Os exames de DNA já haviam confirmado, no entanto, a paternidade de todas as crianças.

O condenado reconheceu que é o "pai das sete crianças (...) mas rejeita as acusações, especialmente a de estupro", afirmou Dueber, dando a entender que a enteada consentiu com as relações.

Detlef, um ex-caminhoneiro, foi acusado pelo tribunal de Koblenz de sevícias sexuais contra crianças e menores de idade em 350 casos, entre 1987 e 2010. Todos os casos envolvem membros da família.

A enteada, de 27 anos, viveu durante todos os anos sob o mesmo teto que a mãe e o pai adotivo, que exercia sobre ela uma forte influência psicológica, segundo a advogada Katharina Hellwig.

O enteado, Bjorn S., afirmou aos jornalistas diante do tribunal que havia alertado os serviços sociais e criticou o fato de não terem investigado o sofrimento das crianças.

O condenado também foi acusado de prostituir a enteada e a própria filha, de 18 anos.

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