postado em 24/03/2011 08:23
Da BBC BrasilBrasília - O comandante dos Estados Unidos para a missão na Líbia, Gerard Hueber, rebateu na terça-feira (23/3) relatos sobre mortes de civis durante a ofensiva aérea da coalizão internacional. A declaração de Hueber foi feita após o governo líbio informar que havia civis entre as vítimas dos ataques.
;Estamos pressionando as tropas terrestres de Khadafi que estão ameaçando as cidades;, disse Hueber. ;Nossa missão aqui é proteger a população civil. Por isso, escolhemos nossos alvos e planejamos nossas ações tendo isso como prioridade máxima.;
Paralelamente, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descartou uma ação por terra na Líbia. ;Se os ataques aéreos não conseguirem tirar Khadafi do poder, uma invasão terrestre está fora de questão;, disse.
Para o comandante da Aeronáutica da Grã-Bretanha em operação na Líbia, Greg Bagwell, a Força Aérea de Khadafi não existia mais como ameaça militar. Seis navios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) patrulham a costa líbia para garantir o embargo de armas imposto pelas Nações Unidas ao país.
Líderes ocidentais ainda discutem quem ficará à frente da coalizão internacional responsável pelas operações na Líbia. Os Estados Unidos manifestaram interesse em passar o controle da operação à Otan.
Desde o último dia 19, forças internacionais lançam ataques à Líbia. A coalizão - integrada até o momento pelos Estados Unidos, a França, Grã-Bretanha, o Canadá e a Itália ; alega que atua seguindo as orientações do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Na semana passada, o conselho aprovou a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre o país em nome da proteção da população civil. O Brasil e mais quatro países se abstiveram na votação. Ontem, as forças da coalizão internacional lançaram ataques aéreos perto de Misrata, que está em poder da oposição, forçando tropas leais a Khadafi a se retirar dos arredores da cidade.
Testemunhas afirmaram, entretanto, que ainda havia francoatiradores disparando contra a população de tetos de casas e prédios dentro de Misrata. Forças de Khadafi também retomaram ataques na cidade de Zintan, perto da fronteira com a Tunísia, segundo testemunhas.