Jerusalém - Milhares de palestinos e árabes israelenses foram às ruas nesta quarta-feira (30/3) na Faixa de Gaza, na Cisjordânia e nas regiões de maioria árabe de Israel, para comemorar o "Dia da Terra".
A data foi instituída para lembrar a violenta repressão, pelo exército israelense, aos protestos contra o confisco de terras árabes no norte de Israel em 30 de março de 1976.
Várias centenas de pessoas se manifestaram em Al-Araqib, cidade beduína do deserto de Neguev (sul de Israel) arrasada várias vezes pela polícia israelense nos últimos meses. Os manifestantes exibiam bandeiras palestinas, plantaram oliveiras e montaram barracas de campanha.
"A orientação da polícia israelense é a judaização do Neguev e da Galileia para afastar os árabes e os beduínos e substituí-los por judeus", acusou o deputado árabe israelense Ahmad Tibi, que participou na manifestação.
Milhares de pessoas também marcharam em Arrabeh (norte), convocadas pelo Comitê de Acompanhamento Árabe, que representa os árabes da região.
Gaza
Em Gaza, centenas de estudantes da universidade Al Azhar organizaram manifestação, logo reprimida pela polícia do território controlado pelo movimento Hamas. Vários foram detidos, segundo testemunhas.
Outros 300 estudantes marcharam em Gaza para comemorar o "Dia da Terra" e pedir "o fim da divisão" palestina. A polícia dispersou a manifestação à força.
Em Beit Lahiya (norte da Faixa de Gaza), centenas de pessoas exibiam retratos de detidos palestinos nas prisões israelenses.
Em Ramallah (Cisjordânia), os alto-falantes pediam aos jovens para se manifestar pacificamente contra o fechamento por Israel da estrada que une a cidade ao norte do território.