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Soldados japoneses e americanos procuram corpos de desaparecidos

Agência France-Presse
postado em 01/04/2011 10:11
TÓQUIO - Milhares de soldados japoneses e americanos iniciaram nesta sexta-feira (1;/4) uma grande operação aérea e marítima para localizar os corpos de vítimas do terremoto e tsunami de 11 de março na costa nordeste do Japão.

A busca teve início pouco depois do governo ter anunciado a detecção de radiação de iodo 131 na água a 15 metros de profundidade sob a central nuclear de Fukushima.

"Este nível é 10.000 vezes superior ao límite de segurança estabelecido pelo governo", afirmou um porta-voz da Tepco, a empresa que opera a central.

Enquanto prosseguem na luta contra a pior crise desde a Segunda Guerra Mundial, os japoneses pararam por um minuto nesta sexta-feira para lembrar o momento do terremoto, que deixou 28.000 mortos ou desaparecidos.

A busca dos corpos mobiliza 120 aviões e helicópteros, além de 65 navios ao longo da devastada costa nordeste.

No total, 24.000 militares dos dois países aliados participam na operação, que deve durar três dias.

As buscas, no entanto, não poderão acontecer em um perímetro de 30 km ao redor da central acidentada de Fukushima Daiichi, onde o nível de radiação é perigoso.

Quase mil corpos estão na área de segurança ao redor da central de Fukushima e não podem ser recolhidos, destacou a imprensa nipônica.

As autoridades haviam previsto a retirada dos corpos foram do perímetro de 20 km, de onde foram retirados os sobreviventes, mas reconsideraram o plano, segundo a agência Kyodo.

Os cadáveres foram submetidos, de fato, a fortes níveis de radiação "post mortem", segundo uma fonte oficial. Assim, a polícia local decidiu não retirara os corpos.

Diversos problemas se apresentam: descontaminar os corpos no local tornará ainda mais difícil a identificação posterior e entregá-los da maneira que estão às famílias acarretaria riscos de contaminação radioativa aérea durante a incineração.

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