Trípoli - O regime do líder líbio Muamar Kadafi acusou nesta sexta-feira (1;/4) a coalizão internacional de cometer "crimes contra a humanidade", ao bombardear civis, segundo um porta-voz do governo.
[SAIBAMAIS]
Na quinta-feira (31/3), o bispo da Igreja Católica na Líbia, Giovanni Innocenzo Martinelli, afirmou que pelo menos 40 pessoas morreram durante os bombardeios aéreos da coalizão sobre Trípole, capital do país.
"Os chamados "bombardeios humanitários" causaram dezenas de vítimas entre civis em alguns bairros de Trípoli", disse o religioso à agência de notícias vaticana Fides.
Cessar-fogo
Kadafi rejeitou as condições de cessar-fogo propostas pelos rebeldes, ao afirmar que não aceitava retirar-se das cidades controladas por suas forças, anunciou um porta-voz do governo, em Trípoli.
"Os rebeldes jamais ofereceram paz. Eles fazem pedidos impossíveis", declarou Moussa Ibrahim, considerando a proposta insurgente de "uma armadilha".
A rebelião líbia anunciou nesta sexta-feira que estava pronta a respeitar uma trégua desde que as forças pró-Kadafi suspendam a ofensiva contra as cidades tomadas e se retirem das que estão cercando.
"Não deixaremos nossas cidades. Somos nós o governo, não eles", insistiu, afirmando, no entanto, que o regime estava sempre pronto para a paz e o diálogo.
Segundo ele, as forças leais a Muamar Kadafi respeitam a resolução imposta pela ONU.
Há cerca de uma semana, os rebeldes avançaram de Benghazi até as portas de Sirte "por quase 600 km sob a cobertura aérea da coalizão, enquanto que se nosso exército seguir por um quilômetro, denunciam o fato como um desastre e um crime", lamentou.