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Premiê japonês visita pela primeira vez região devastada por tsunami

Agência France-Presse
postado em 02/04/2011 08:50
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, visitou pela primeira vez neste sábado (2/4) a zona devastada pelo terremoto e tsunami de 11 de março, antes de seguir para central nuclear de Fukushima, onde foi encontrada uma fenda que permite a passagem de água altamente radioativa para o mar.

Segundo o diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o japonês Yukiya Amano, a situação na central continua sendo "muito grave".

O balanço oficial da catástrofe supera 27.000 mortos e desaparecidos, dos quais 2.300 no pequeno porto pesqueiro de Rikuzentakata (município de Iwate), que foi visitado por Kan neste sábado.

A cidade, que tinha 24.500 habitantes antes do desastre, foi praticamente varrida do mapa. Poucos edifícios permanecem de pé.

O chefe de Governo só havia sobrevoada a zona da tragédia um dia depois da catástrofe de 11 de março.

Em Rikuzentakata, ele se reuniu com bombeiros voluntários e desabrigados, aos quais prometeu ajuda.

Também visitou uma escola que funciona como abrigo e ouviu apelos para a reconstrução da cidade.

Kan anunciou que o governo pretende apoiar a indústria da aquicultura, muito afetada pelo tsunami.

O premier visitou ainda uma área utilizada como base de retaguarda das operações na central nuclear de Fukushima.

Kan conversou com funcionários da Tokyo Electric Power (Tepco), a operadora da central, com bombeiros e com soldados que tentam resfriar quatro dos seis reatores danificados da usina. Ele aproveitou para agradecer os esforços de todos.

Neste sábado, os trabalhadores descobriram uma fenda de quase 20 centímetros em um poço próximo do reator 2, pela qual escapa água altamente radioativa para o mar.

A Tepco informou que tenta fechar o espaço com cimento.

O nível de iodo 131 encontrado na água acumulada debaixo da central é muito superior aos níveis permitidos.

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