Agência France-Presse
postado em 05/04/2011 15:44
Quito - O Equador exigiu nesta terça-feira (5/4) a saída da embaixadora dos Estados Unidos em Quito, Heather Hodges, após as mensagens divulgadas pelo WikiLeaks que indicam que o presidente Rafael Correa nomeou um chefe de Polícia sabendo que era corrupto, disse o chanceler Ricardo Patiño.O Equador "decidiu considerar a senhora como ;persona non grata; para o governo nacional e pedimos que abandone o país", disse Patiño à imprensa, acrescentando que Quito já notificou a medida ao encarregado da diplomacia americana para a América Latina, Arturo Valenzuela.
"Esperamos que (a decisão do governo equatoriano) não afete as relações cordiais" entre os dois países, acrescentou Patiño, que na segunda-feira havia chamado Hodges a seu gabinete para pedir informações sobre a informação relevada pelo WikiLeaks.
Nessa conversa, o chanceler disse à embaixadora que "o governo (equatoriano) estava surpreso e o presidente (Correa), absolutamente indignado, e que queria verificar a veracidade dessa informação".
Os Estados Unidos reagiram nesta terça-feira à expulsão da embaixadora, protestando contra a medida "injustificada", e anunciaram que examinarão "as opções" disponíveis a partir de agora.
Nossa embaixadora Heather Hodges é uma das diplomatas "mais experientes e talentosas", ressaltou o porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner.
"O Departamento de Estado considera injustificada a sua expulsão", acrescentou, indicando que seus funcionários examinarão as opções disponíveis.
Segundo o WikiLeaks, Hodges questionou a designação feita em 2008 do então general Jaime Hurtado para o comando da Polícia por considerar que teria utilizado "seu poder como máxima autoridade da corporação para extorquir".