Mundo

Militares da ONU protegem Gbagbo e alertam para a crise

Agência France-Presse
postado em 11/04/2011 15:50
NAÇÕES UNIDAS - Militares da ONU protegiam nesta segunda-feira (11/4) o ex-presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, depois de sua captura, afirmaram fontes oficiais alertando, também, sobre a grave crise de segurança em que essa nação do oeste da África permanece.

Gbagbo pediu proteção das tropas de paz da ONU depois de se render às forças do presidente da Costa do Marfim reconhecido pela comunidade internacional, Alassane Ouattara, informou a jornalistas o comandante dos capacetes azuis, Alain Le Roy.

O líder deposto foi levado para a região dominada por Ouattara, a um hotel em Abidjan, e foi mantido em um dos apartamentos.

Le Roy informou que militares da ONU que anteriormente protegiam Ouattara de ataques de Gbagbo agora passaram a fazer guarda para o presidente deposto. "Os militares da ONU estão agora garantindo a segurança de Gbagbo e sua mulher em um apartamento do Golf Hotel", disse Le Roy.

Ouattara irá agora decidir se Gbagbo deverá enfrentar julgamento, mas oficiais da ONU permanecerão com ele mesmo que seja transportado para fora de Abidjan. "Nós forneceremos segurança enquanto ele permanecer sob a custódia do presidente Ouattara", disse Le Roy.

O oficial da ONU enfatizou que nem as forças das Nações Unidas nem da França entraram no bunker para capturar Gbagbo. No entanto, eles preparavam um novo ataque contra o armamento pesado do presidente algum tempo antes de a captura ocorrer.

Após a captura, o general Bruno Dogbo Ble, líder da Guarda Republicana de Gbagbo, chamou as Nações Unidas para dizer que o presidente pretendia se render e Le Roy afirmou que ao menos 200 fiéis a Gbagbo baixaram suas armas. "Até onde tenho conhecimento, a maior parte dos confrontos parou, mas ainda há bolsões de resistência aqui e ali", explicou.

Le Roy enfatizou que tanto a liderança da ONU quanto o Conselho de Segurança ainda acreditam que a Costa do Marfim ainda está em crise.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação