MINSK - As autoridades da Belarus buscavam nesta terça-feira um jovem de aparência "não eslava" suspeito de cometer o atentado no metrô de Misnk no qual morreram 12 pessoas na segunda-feira, enquanto outras três pessoas foram detidas por suposta participação.
A partir das informações fornecidas por testemunhas, a polícia bielo-russa estabeleceu o retrato-falado de um "homem de cerca de 27 anos, de aparência não eslava, com entre 1,75 e 1,80 metro" de altura, explicou o chefe da KGB (serviço secreto), Vadim Zaitsev. O presidente Alexander Lukashenko pediu à KGB "remover céus e terras" para esclarecer um atentado que deixou 12 mortos e que pode endurecer ainda mais o regime desta ex-república soviética. Zaitsev acrescentou que três pessoas foram presas para ser interrogadas sobre o assunto, mas não deu mais detalhes.
[SAIBAMAIS]A KGB trabalha com três hipóteses, mas, por enquanto, nenhuma delas é privilegiada: atuação de um grupo opositor para desestabilizar o país, vingança de uma organização extremista e ação de um desequilibrado.
O ministro do Interior Anatoli Kuleshov declarou na terça-feira que a bomba que explodiu estava escondida debaixo de um banco, em uma plataforma da estação de metrô Oktiabrskaia, a cerca de cem metros da sede da presidência belarus, no centro de Minsk.
A bomba, que tinha uma potência de cinco a sete quilos de equivalente a TNT e continha fragmentos de metal de um centímetro de diâmetro, provavelmente foi ativada com um comando a distância, acrescentou. Um especialista do ministério da Defesa, citado pela agência Ria Novosti, informou que se tratava de um artefato caseiro fabricado por um profissional que conhecia seus efeitos destrutivos.
Cerca de 300 pessoas encontravam-se perto do local da explosão, às 18H00, hora local, nesta estação muito cheia, a única na qual é possível fazer transferência entre as duas linhas do metrô de Minsk.