postado em 18/04/2011 10:43
Um atentado nesta segunda-feira (18/4) contra o ministério afegão da Defesa em Cabul matou dois soldados e, segundo os talibãs, o alvo era o ministro francês da Defesa, Gerard Longuet, que, no entanto, não estava no edifício.Um porta-voz talibã, Zabihulah Mujahid, declarou à AFP por telefone que o motivo do ataque é a "invasão do Afeganistão pelo Exército francês".Longuet está no Afeganistão, mas não estava no prédio do ministério do ministério.
Para o ministério da Defesa da França, nada permite indicar que Longuet era o alvo do atentado. Longuet, que chegou a Cabul no domingo, deveria se reunir com várias autoridades afegãs nesta segunda-feira, entre elas o ministro da Defesa, Abdul Rahim Wardak.
O porta-voz do ministério da Defesa afegão, Mohamad Zahir Azimi, informou à AFP que uma pessoa com um uniforme do Exército afegão atirou contra os colegas e matou dois soldados, além de ter ferido outros sete oficiais, antes de ser morta. De acordo com Azimi, o autor do atentado também estava com um cinturão de explosivas.
Segundo o governo da França, Longuet estava na base americana de Bagram, a 50 quilômetros da capital, onde um destacamento francês permanece mobilizado."Não havia reuniões previstas no ministério da Defesa afegão quando aconteceu o atentado", destaca um comunicado do ministério francês. A agenda de Longuet no Afeganistão não foi divulgada.
Wardak escapou ileso do atentado, segundo fontes que pediram anonimato. Os talibãs, derrubados do poder após a invasão do Afeganistão por uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos no fim de 2001, intensificaram as ações nos últimos dias contra as forças que apóiam o frágil governo de Cabul.
No sábado, nove soldados, quatro afegãos e cinco da Otan, morreram em um atentado suicida reivindicado pelos talibãs no quartel-general do Exército do Afeganistão para o leste do país. Na sexta-feira, o chefe de polícia da província de Kandahar e dois seguranças morreram em um ataque no quartel-general da polícia na cidade de mesmo nome.
A Otan pretende transferir para as forças afegãs entre julho e o fim de 2014 a responsabilidade de manter a ordem e a segurança no Afeganistão. Atualmente, 132.000 soldados da Aliança Atlântica apóiam o governo Cabul contra a insurreição dos talibãs.