ROMA - Em torno de 760 pessoas, incluindo homens e mulheres fugindo da crise na Líbia espremidos em um barco de pesca, foram resgatados pela guarda costeira italiana nesta terça-feira quando a embarcação registrava problemas. "Foi um dos maiores desembarques em Lampedusa", afirmou um voluntário da Cruz Vermelha, acrescentando que havia 62 mulheres e 17 crianças entre os refugiados de Bangladesh, Mali, Nigéria e Paquistão, incluindo bebês recém-nascidos.
Voluntários correram para ajudar uma grávida de oito meses cuja bolsa estourou e que deu à luz em um pequeno hospital, onde três médicos e oito enfermeiras cuidaram do bebê. "Nós ajudamos centenas de africanos a desembarcar... as checagens das identidades estão ocorrendo", afirmou à AFP o porta-voz da guarda-costeira da ilha de Lampedusa, Vittorio Alessandro.
Os refugiados, aparentando exaustão, sentavam e aguardavam de pé, todos juntos, nos dois níveis da embarcação, agarrando-se a seus pertences enquanto aguardavam serem levados para a costa. "Eles disseram ter saído dois dias atrás de Trípoli às cinco da manhã. Eles aproveitaram uma ligeira melhora do tempo, mas o vento está aumentando novamente e esta noite o mar estará agitado de novo", disse Alessandro.
O barco lotado estava navegando de forma perigosa e saía de seu curso quando a guarda costeira interveio, informaram as autoridades portuárias, de acordo com a agência Ansa. Se não tivesse sido interceptado, o barco poderia ter ido para a Sicília, mas antes de atingir a costa, poderia ter afundado, já que o tempo piorou durante a viagem, completaram as autoridades.
Um barco carregando 50 imigrantes que alegavam ser tunisianos desembarcou em Lampedusa durante a noite. Os imigrantes desembarcaram após uma viagem de quatro dias marcada pelo mau tempo.
Centenas de refugiados de outras partes da África formalmente detidos na Líbia voaram viajaram para a Itália desde que a revolta contra o regime de Muamar Kadhafi começou.