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Rússia reprova envio de militares europeus para reforçar oposição líbia

postado em 21/04/2011 11:16
O governo da Rússia advertiu neta quinta-feira (21/4) que a decisão das autoridades da França, da Itália e do Reino Unido de enviar à Líbia militares como apoio à oposição ao presidente líbio, Muammar Khadafi, é uma ameaça que pode ter consequências imprevisíveis. O alerta é do ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, que disse que a operação terrestre é um ato ;arriscado e de consequências imprevisíveis;.

As informações são da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa. Segundo Lavrov, a decisão dos franceses, italianos e britânicos indica ;claramente um envolvimentos terrestre no conflito;. ;A história é rica em exemplos desse tipo;, destacou ele. ;Estamos extremamente preocupados com o que se passa na Líbia.;.

Autoridades da França, da Itália e do Reino Unido anunciaram o envio de conselheiros militares para a Líbia justificando que a oposição está com dificuldades para avançar sobre as tropas leias a Khadafi. De acordo com as autoridades, a decisão está de acordo com a resolução definida pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Paralelamente, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) negou que os bombardeios promovidos pela aliança tenham atingido civis na Líbia. Segundo o comando da Otan, o alvo atingido foi um bunker do comando de Khadafi. Porém, a imprensa oficial líbia informou que 18 civis ficaram feridos nos ataques da Otan na região de Khellat Al Ferjan, a sudoeste de Trípoli.

Em Misrata, ontem (20), o jornalista Tim Hetherington, da revista norte-americana Vanity Fair, foi morto e três ficaram feridos, por causa de um ataque de morteiros. Hetherington, de 41 anos, era cineasta e cobriu vários conflitos. Em 2007, ele ganhou o prêmio internacional World Press Photo Award pelas suas fotografias de soldados dos Estados Unidos no Afeganistão.

Outro jornalista gravemente ferido é o norte-americano Chris Hondros, de 41 anos, da agência fotográfica Getty. A identidades dos demais profissionais não foi divulgada. Os quatro jornalistas estavam juntos na avenida principal de Misrata, cidade que está cercada há quase dois meses pelas tropas de Khadafi.

Hetherington é o segundo jornalista estrangeiro a morrer durante o conflito na Líbia, depois de um operador de câmara da Al Jazeera, Ali Hassan Al Jaber, em 12 de março, em Benghazi. Vários jornalistas têm sido detidos e maltratados pelo regime líbio, desde o início da rebelião em 15 de fevereiro.

Em março, o jornalista brasileiro Andrei Netto, de O Estado de S. Paulo, foi mantido preso por autoridades líbias sem contato com a Embaixada do Brasil na Líbia nem com a direção do jornal por quatro dias. No quinto dia, ele deixou Trípoli.

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