postado em 24/04/2011 08:00
A menos de uma semana até o casamento real, centenas de pessoas faziam fila, ontem, para conhecer um dos grandes símbolos da trajetória da monarquia britânica, visitado anualmente por milhares de turistas. A Abadia de Westminster tem séculos de história e é o local escolhido para coroação de reis e rainhas desde 1066. Na próxima sexta-feira, mais um evento fará parte do esplendor de uma das igrejas mais famosas do mundo: o casamento do príncipe William com Kate Middleton. A construção medieval também faz parte da vida ordinária dos londrinos, com a celebração diária de cultos da Igreja Anglicana. O primeiro casamento real celebrado em Westminster foi o do Rei Henry I e da princesa Matilda da Escócia, em 11 de novembro de 1100. Até hoje, foram celebrados na abadia 15 matrimônios. Entre eles, o do rei George VI com lady Elizabeth Bowes, que se tornou a rainha mãe, em 1923, e o da então princesa Elizabeth com Phillip Mountbatten, em 1947. A tradição se manteve quando dois filhos da rainha resolveram se casar no local. A princesa Anne, em 1973, com o capitão Mark Phillips, e o príncipe Andrew, em 1986, com Sarah Ferguson.
O príncipe Charles e lady Di preferiram a catedral de Saint Paul, por ser mais ampla e luxuosa. Mas foi na Abadia de Westminster que, em 6 de setembro de 1997, William e Harry assistiram, cabisbaixos, ao funeral da mãe. Desde então, nenhum casamento real tinha sido realizado lá. Com a nova celebração, marcada para a próxima sexta-feira, a igreja voltou a ser atração predileta entre os turistas que visitam Londres, e ontem esperaram horas na fila para conhecer a igreja.
A Igreja do Colegiado de São Pedro de Westminster, que é cartão-postal de Londres, é mais conhecida por ter sido palco de 39 coroações. A última delas foi a de Elizabeth II, em 1953, a primeira transmitida pela televisão. Quinze monarcas estão enterrados lá, e as tumbas fazem parte de uma coleção de esculturas e placas. Um dos grandes símbolos são os 10 sinos. No dia do casamento de William e Kate, eles vão repicar a cada meia hora, antes da celebração, marcada para às 11h (7h em Brasília). (TS)
Tradição de rainha
Quando Kate Middleton entrar na Abadia de Westminster, na próxima sexta-feira, deverá repetir o gesto feito pela rainha Elizabeth II no dia de seu casamento, em 1947. A noiva coloca seu buquê de flores na ;tumba do guerreiro desconhecido;, onde está enterrado um soldado sem identidade que morreu durante uma batalha na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). A tradição começou com a rainha mãe, Elizabeth I, que queria homenagear os militares britânicos mortos durante os combates.