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Site do Vaticano reúne testemunhos de curas de João Paulo II

Agência France-Presse
postado em 27/04/2011 13:54
Cidade do Vaticano - Testemunhos de curas milagrosas atribuídas à intercessão de João Paulo II depois de sua morte em 2005 foram divulgados em um site do Vaticano, às vésperas da beatificação do Papa polonês no domingo.

Relatos de vidas salvas no último momento, de doenças curadas, de depressões superadas e de famílias reunidas foram apresentados em espanhol, em francês, em inglês, em português, em polonês e em italiano no site aberto pela Santa Sé para a beatificação (www.karol-wojtyla.org). Muitos desses testemunhos narram curas "súbitas" de um câncer ou de outras doenças quando já não havia mais esperanças.

Algumas pessoas escrevem que João Paulo II apareceu para elas em uma visão ou em sonho, durante uma cirurgia de risco ou em um acidente grave, e que ele as ajudou a manterem-se vivas e a suportar o sofrimento. Outras descrevem como as ajudou nos momentos de desilusão no trabalho ou em momentos de tristeza muito dolorosos.

Em um dos casos apresentados, em fevereiro passado, uma francesa escreveu que não tinha mais vontade de viver em 1996 quando teve uma aparição do Papa, o que a fez recuperar a alegria na vida: "Meu querido Papa João Paulo II, eu conhecia o senhor há muito tempo e minha vida não estava boa. Um dia, cansada desse sofrimento, eu quis acabar com ela, eu não tinha o direito e você apareceu para mim em uma janela", escreveu a mulher em meio a centenas de testemunhos.

João Paulo II será beatificado no domingo na Praça São Pedro, ao término de um processo particularmente rápido, de cinco anos e sete meses de duração. Um milagre foi reconhecido para que sua beatificação fosse permitida, mas um novo milagre é necessário para a etapa final: a canonização.

Para a beatificação, o milagre em questão foi a recuperação de uma freira francesa do Mal de Parkinson, que os médicos não conseguiram explicar. A freira, Marie Simon-Pierre, disse que o falecido João Paulo II atendeu suas preces.

Segundo as regras estritas da Igreja Católica Romana sobre a canonização, o procedimento não é normalmente iniciado até cinco anos depois da morte do candidato a santo. Mas o próprio João Paulo II conseguiu acelerar o processo para a religiosa albanesa madre Teresa, que foi beatificada em 2003, apenas seis anos depois de sua morte.

Seu próprio dossiê foi iniciado logo após a sua morte, em 2005, quando em seu funeral seus simpatizantes exibiam faixas com os dizeres "Santo Subito" (Santidade imediata).

Além disso, o cardeal suíço Georges Cottier, que foi teólogo da casa papal de João Paulo II por 15 anos até a morte do pontífice polonês, afirmou que alguns cardeais "assinaram uma carta pedindo ao futuro Papa que começasse o processo de beatificação o mais rápido possível".

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