Agência France-Presse
postado em 27/04/2011 17:14
Washignton - A Casa Branca afirmou nesta quarta-feira (27/4) que qualquer governo palestino que se formar deverá abandonar a a violência e reconhecer a existência do Estado de Israel, depois do anúncio de um acordo entre os movimentos rivais palestinos Hamas e Fatah para formar um governo transitório de União."Soubemos da notícia (sobre o acordo) e tentamos ter mais informações. Como já dissemos no passado, os Estados Unidos apoiam uma reconciliação entre os palestinos desde que apoiem a causa da paz", declarou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Tommy Vietor.
Os movimentos Hamas e Fatah chegaram a um acordo nesta quarta-feira no Cairo para a formação de um governo de união transitório, informou a agência oficial egípcia Mena.
"As delegações chegaram a um acordo total após negociações sobre todos os pontos, entre eles a formação de um governo de transição", indicou a agência oficial egípcia Mena, citando um comunicado divulgado ao final da reunião.
O Egito vai agora pedir uma reunião de todas as facções palestinas para assinar um acordo de reconciliação no Cairo nos próximos dias, acrescentou a agência.
O chefe da delegação do Fatah, Azzam al-Ahmad, confirmou à AFP um acordo entre os dois movimentos para a formação de um "governo de independentes".
"Esse governo deverá preparar eleições presidenciais e legislativas em um ano", indicou.
Nenhuma confirmação pôde ser obtida de imediato com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
Os dois movimentos estão em disputa depois da tomada da Faixa de Gaza pelas forças do Hamas que expulsaram os militantes do Fatah em junho de 2007.
Ante a notícia, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, deverá escolher entre a paz com Israel ou com o Hamas.
"A Autoridade Palestina deve escolher entre a paz com Israel e a paz com o Hamas. Não será possível ter paz com os dois porque o Hamas se esforça para destruir o estado de Israel e diz isso abertamente", disse Netanyahu.