Agência France-Presse
postado em 29/04/2011 16:47
Puntarenas - Um juiz da Costa Rica ordenou nesta sexta-feira (29/4) o julgamento de três seguranças da modelo brasileira Gisele Bündchen e do astro do futebol americano Tom Brady, que em 2009 atiraram contra fotógrafos, um deles da France-Presse.Durante uma audiência no tribunal penal desta cidade costarriquenha, o juiz Hernán Salazar não acatou o pedido da defesa para que absolvesse os três seguranças envolvidos no caso, caracterizado como "tentativa de homicídio".
"O juiz considerou que havia a probabilidade de os acusados cometerem o que estão sendo acusados, e ordenou a abertura do julgamento" contra eles, disse uma fonte judicial.
O ataque contra o fotógrafo da AFP Yuri Cortez e um colega da imprensa local, Carlos Avilés, foi praticado no dia 4 de abril de 2009 próximo à casa da modelo brasileira na cidade litorânea de Santa Teresa de Cóbano, onde a festa de casamento era celebrada.
Os acusados, que não falaram com a imprensa na saída do tribunal, são Miguel Solís Méndez, Manuel Valverde Vargas e o colombiano Alexander Rivas Barahona, que integravam a equipe de segurança, segundo a polícia.
O advogado dos fotógrafos, Víctor Herrera, indicou que durante a audiência os denunciados ofereceram uma indenização de 100.000 colones (200 dólares) para encerrar o caso, quantia considerada "um insulto" pelos fotógrafos.
Depois de parar os jornalistas em uma via pública, os guardas particulares obrigaram os dois repórteres a irem até as imediações da casa de Bündchen.
Após uma discussão para que entregassem seus equipamentos fotográficos, um dos seguranças atirou contra o carro de Cortez e Avilés, quando estes deixavam o local. Uma bala atingiu o vidro traseiro do automóvel e parou no pára-brisas, na altura da cabeça de Cortez, que saiu ileso.