Agência France-Presse
postado em 06/05/2011 11:40
Hilla - Um carro-bomba explodiu nesta sexta-feira (6/5) perto da delegacia no sul de Bagdá onde, na quinta, um terrorista suicida matou 24 policiais, informou uma fonte de segurança.Nenhuma morte foi registrada em consequência da explosão desta sexta, que ocorreu por volta das 14H00 (20H00 de Brasília de quinta-feira) a apenas 50 metros do local onde um camicase atacara na véspera, ferindo 72 pessoas e matando 24.
Um segundo automóvel carregado de explosivos foi encontrado próximo à delegacia em Hilla, mas as forças de segurança conseguiram desativá-lo, segundo a polícia.
O atentado de quinta-feira foi o mais violento no Iraque em mais de um mês. As forças de segurança iraquianas estão em estado de alerta, atentas a qualquer tentativa de ataque para vingar a morte de Osama Bin Laden, assassinado no último domingo pelos Estados Unidos no Paquistão.
O ataque ocorreu apenas um mês antes das tropas americanas se retirarem do Iraque deixando a segurança do país devastado pela guerra nas mãos dos próprios iraquianos.
"O homem-bomba aproveitou a troca de guarda para atacar", explicou Haidar al-Zazour, chefe do Comitê de Segurança da província de Babil.
"Ele conseguiu atravessar o portão principal e explodiu veículo quatro metros dentro do perímetro da estação".
"Vinte e quatro policiais morreram, incluindo cinco capitães e dois tenentes, e 72 se feriram", informou o diretor do principal centro cirúrgico de Hilla, acrescentando que 25 feridos continuam internados em estado grave.
A explosão de quinta deixou uma cratera de dois metros de largura, danificando a estrutura do prédio da delegacia de Hilla, cidade xiita que é capital da província de Babil.
O chefe do Conselho da Província de Babil, Kadhim Majid al-Touman, disse que o carro levava 150 quilos de explosivos, e acrescentou que o pedido feito ao Ministério do Interior em Bagdá para providenciar equipamentos de detecção de explosivos não foi atendido.
Nenhum grupo assumiu ainda a autoria dos ataques das últimas 48 horas.
Desde 2007, na pior época, a violência tem diminuído no Iraque, mas ainda é preocupante. Ao todo, 211 iraquianos foram mortos em abril, segundo fontes oficiais.
Alguns dos 45 mil soldados americanos ainda estão no Iraque. Até o fim do ano o governo dos EUA afirma que vai retirar todas as tropas, como parte do pacto bilateral de segurança.
No entanto, algumas autoridades americanas visitaram Bagdá no último mês para pressionar uma resposta rápida do governo local se querem ou não estender a presença militar americana além do prazo final do acordo.