postado em 12/05/2011 14:16
Pelo menos seis pessoas morreram e dez ficaram feridas nesta quinta-feira (12/5) em ataques aéreos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que atingiram o complexo residencial do presidente da Líbia, Muammar Khadafi, em Trípoli, a capital do país. Jornalistas estrangeiros foram autorizados a visitar o local dos ataques, desde que acompanhados por funcionários do governo Khadafi. De acordo com as autoridades líbias, todas as vítimas são civis.Os ataques ocorreram no mesmo dia em que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou ter convidado o Conselho de Transição líbio (CNT), formado por integrantes da oposição a Khadafi, a abrir uma representação permanente em Londres. O convite foi feito durante conversa de Cameron com o chefe do CNT, Mustapha Abdeljalil.
"Posso anunciar uma série de medidas para reforçar a partir de agora a nossa cooperação com o conselho", disse Cameron durante declaração conjunta à imprensa com Abdeljalil. "O governo convida hoje o conselho a estabelecer uma representação formal aqui em Londres;, afirmou.
De acordo com Cameron, o governo britânico reforçará a presença diplomática em Benghazi, cidade que se tornou símbolo da oposição, no Leste da Líbia. ;Estamos finalizando os planos para transferir muito equipamento para a polícia de Benghazi e também haverá fornecimento de material de comunicação;, disse o primeiro-ministro.
Abdeljalil celebrou a decisão do governo britânico. ;[A Grã-Bretanha] não se arrependerá desta tomada de posição;, disse. ;Viemos aqui a este país para agradecer e exprimir a nossa gratidão ao povo britânico e ao seu governo pela disciplina e pela posição moral, e confirmar ao povo britânico o bom fundamento da sua ação.;
A Grã-Bretanha, que participa nos ataques aéreos sob comando da Otan na Líbia desde meados de março, multiplicou nas últimas semanas os gestos de reconhecimento e de apoio em relação à oposição. Desde o começo deste ano, Khadafi enfrenta forte oposição interna e pressão internacional para deixar o poder, depois de quase 42 anos no governo.